terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Google dita a sua reputação [@fabianacoliva}


Hoje, os mecanismos de busca caracterizam-se como aliados importantes para pesquisar informações sobre um determinado assunto, seja ele público ou privado. Essas entidades permitem o acesso a uma infinidade de dados. Com apenas um toque é possível encontrar um vasto número de informações. Entre os sites de busca, o Google reina na preferência do público. Desde o seu surgimento, originado de um projeto acadêmico de Larry Page e Sergey Brin em 1998, o Google tornou-se um fenômeno virtual e mudou a forma de ver o mundo por meio da web. Segundo a revista Exame, o Google tem “mais de 1 bilhão de usuários”. Portanto, é possível considerar que o Google funciona como uma espécie de detetive virtual ou nosso procurador oficial de informações no extenso universo da internet.
O Google reúne informações publicadas em revistas, sites, blogs, jornais, mídias sociais, emissoras de TV etc. Embora encontre conteúdo sério gerado por instituições oficias e pessoas idôneas, também existem dados falsos, sem nenhum controle, que podem criar uma identidade e imagem negativa de indivíduos ou empresas. Para o jornalista Thomas L Friedman, “a internet é um instrumento altamente útil para a disseminação de propaganda, teorias de conspiração e velhas inverdades, porque combina um imenso alcance com uma aura de tecnologia que torna mais fácil acreditar em qualquer coisa” (2007:504).
A reputação individual ou de uma empresa pode, em parte, ser definida por uma pesquisa em sites como o Google. Se os mecanismos de busca apresentam o que foi publicado em algum lugar, é preciso ter cuidado com as informações divulgadas ou postadas em redes sociais, investigar a imagem na web para não colocar a reputação em risco de empresas e pessoas.
Imagem positiva
Ao mesmo tempo que o Google pode criar uma falsa percepção, de certa forma, hoje, ele é um peso muito grande para empresas e indivíduos carregarem porque dita a forma como empresas e pessoas serão vistas; isso é perigoso. A reputação de empresas e pessoas não pode ficar nas mãos de mecanismos de busca. O Google é uma empresa com interesses comerciais muitos benéficos, mas também é falível. Ele facilita a vida das pessoas porque oferece respostas rápidas. No entanto, não pode ser a única e incontestável fonte de informações para uma pesquisa, matéria séria e consistente. A sociedade do futuro não pode ser reconhecida como a sociedade de informações “googladas”.
Enfim, a “era virtual” passa a ser indispensável para compreender que o conteúdo encontrado pelo Google pode mudar a percepção que os públicos têm da imagem de indivíduos ou empresas. Como imagem muda constantemente de acordo com a percepção que os públicos têm de empresas ou pessoas, eles necessitam ter atenção com o conteúdo que vai para web porque imagem positiva conta de forma decisiva para o sucesso pessoal ou de uma marca.
Fontes
FRIEDMAN, Thomas L. O mundo é plano: uma breve história do século XXI/ Thomas L. Friedman; traduções Cristiana Serra, Sergio Duarte, Bruno Casotti. – Rio de Janeiro: Objetivo, 2007.
Observatório da Imprensa, publicado em 15/08/2011 na edição 655
[Fabiana Oliva é jornalista e relações públicas, com especialização em comunicação corporativa pela Fundação Getúlio Vagas]


Um comentário:

  1. Ótimo texto Fabiana. Vemos hoje milhares de pessoas que balizam suas decisões de compra ou simpatia por uma determinada marca somente através de poucas linhas lidas Google. Muitos se esquecem que a força do marketing pode construir ou destruir um produto ou até mesmo a reputação de uma grande empresa através de algumas “goolgadas”. É preciso deixar de lado o imediatismo e construir opiniões através de diversas fontes antes de levantar bandeira a favor ou contra qualquer coisa, principalmente através das redes sociais. Em minha opinião, uma goolgada é pouco demais. Parabéns. Beijo.

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