segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Não venda um produto, conte uma história storytelling [@reinaldocirilo}


Cada dia que passa, o Marketing como conhecemos tradicionalmente vem perdendo força e morrendo. O mestre do Marketing, Kotler, já fez o anúncio em seu último livro.

Com a necessidade de compartilhar todo o conteúdo, tudo que acontece dentro do escritório, das novidades da empresa e do produto, mídias sociais explodindo, o Marketing tem que se reinventar.




E essa revolução, já começou alguns anos atrás e vem ganhando força com um termo bem interessante – Storytelling, cujo o termo fez sucesso nas mãos e no livro do grande mestre Seth Godin: “Não venda seu produto, conte uma história”.

Muitos dizem que o conceito do Storytelling tem que seguir sete passos: ouvir, aprender, descobrir, explorar, criar, comunicar e encantar.

A maneira de fazer um consumidor lembrar  do seu produto e da sua mensagem é a mesma que fez nós lembrarmos de várias dicas e toques que nossos pais nos deram na nossa infância e nunca mais esquecemos… Conte uma história muito interessante, com personagens, detalhes e, nunca, ninguém mais vai esquecer.

Se pararmos para pensar nos nossos ídolos esportistas, por exemplo, percebemos que muitos atletas que amamos ou admiramos nem sequer vimos jogando, praticando a sua atividade. Mas brigamos por eles, sabemos que são melhores, pois a história nos foi contada a exaustão por amigos, imprensa e família.

Muitos não viram o Pelé jogar, o Michael Jordan e suas enterradas, o Senna guiar, mas nunca discutimos a qualidade deles e nunca esqueceremos estas histórias.

Com marcas, que são símbolos e vem a nossa mente da mesma maneira, ocorre exatamente isso.
As marcas precisam reforçar o apelo emocional constantemente. Manter um padrão de comunicação, logo e embalagem remetem a tudo que vimos anteriormente.

Quando nós vemos uma embalagem ou logo de Coca-Cola, já remetemos a um cantinho do nosso cérebro, que remete a carinho, lembranças boas, aquele almoço de domingo na casa da vó, que nunca faltava aquela garrafa de vidro… Lembra? Com certeza, sim.

E a Coca-Cola vira e mexe remete seus anúncios para aquela época dourada de infância e família.

Outras marcas trabalham isso de maneira fantástica. Mc Donald’s um bom exemplo, com seu Ronald, amo muito tudo isso, crianças, padrão de comunicação. O continuismo é bárbaro.

Recentemente, nós vimos um belo anúncio da Coca-Cola nos cinemas.

Detalhe, em nenhum momento a marca é mostrada. Pergunta: e precisa?

Assim que você bate o olho no comercial já sabe do que se trata. Isso é contar história de maneira brilhante.

Não adianta se tornar um Forrest Gump do Marketing, mas quando elaborar um plano estratégico, pense no que você vai continuar falando nos  próximos meses, anos e década e se sua mensagem é cansativa, se tem padrão ou não.

Abaixo segue uma apresentação maravilhosa sobre o tema.




Faz sentindo, não faz?

Um abraço,
@reinaldocirilo

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O Google é o Hermes da atualidade? [@sbscomunica}


           Alerta. Não estou falando do francês Hermès, ex-dono da marca e criador da famosa e “carésima” bolsa Birkin. Nesse caso, trata-se de Hermes, um dos deuses olímpicos, filho de Zeus e Maia, um deus 1001 utilidades, graças aos seus inúmeros atributos (deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, das estradas e viagens, mensageiro dos deuses, patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, guia das almas, etc).            
           Diz a lenda que nos templos dedicados a Hermes, bastava fazer um pergunta junto ao ouvido da sua estátua e correr para a rua para receber a resposta através da primeira frase que ouvisse. Claro que isso dependeria de interpretação e imagino as confusões que causava, mas a crença era tamanha que daí surgiu a célebre frase: “A voz do Povo é a voz de Deus”.
           Hoje, basta acessarmos o Google e teclamos algumas palavras para termos nossa resposta. É o nosso Hermes, igualmente impreciso em algumas situações, principalmente em tempos de Ctrl + C, Ctrl +V.
           O deus grego (cuidado, não estou falando de nenhum bonitão, embora suas representações exibam um belo “tanquinho”) pode ser considerado também o deus da comunicação. Como mensageiro dos deuses, uma espécie de assessor de imprensa, e patrono das estradas que, hoje, podem ser até virtuais, Hermes era reconhecido por suas habilidades de linguagem, seu discurso eloquente e persuasivo, suas metáforas e agilidade.
           Nas histórias atribuídas a ele, outra passagem merece destaque. Obrigado a jurar que só diria a verdade, concordou sem garantir que falaria toda a verdade. Talvez seja essa a inspiração da Lei Ricupero (“o que é bom a gente fatura, o que é ruim, esconde”.). Fazendo um paralelo e levando em conta o bombardeio de informações que recebemos, percebo que é o que fazemos todo o tempo. Recentemente, a Globo evitou apontar a verdade como princípio básico e entrar numa discussão filosófica. Lançou uma Carta de Princípios onde define o jornalismo como “uma atividade que produz conhecimento. Um conhecimento que será constantemente aprofundado, primeiro pelo próprio jornalismo, em reportagens analíticas de maior fôlego, e, depois, pelas ciências sociais, em especial pela História.”
           O Google entra nessa seara divulgando versões, réplicas, tréplicas... Hermes não faria melhor.  

Silvana Silva, é jornalista  e está mudando o nome da sua empresa para Acaia, sede de um dos templos dedicados  a Hermes     

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Planejar Comunicação sem envolver pessoas é chover no molhado [@alefragga}


O Planejamento Estratégico de Comunicação deve ser definido a partir de três fatores que são: os desafios da empresa, ou seja quais são suas principais dificuldades para atingir seus objetivos; seus objetivos, onde a empresa quer e precisa chegar e finalmente a definição de um período de tempo para que isso tudo ocorra.

Levando em conta estes três fatores, é hora de pensar em como agir. Mas não antes de entender como a empresa vem agindo.

Por muito tempo as empresas pensaram apenas em lucro aos acionistas, sem se importar com os prejuízos ao meio ambiente e comunidade. Hoje, por pressão da sociedade civil, consumidores e outros, esta realidade vem se alterando.

O conceito Sustentabilidade, definido pelo relatório Brundtland como “Satisfazer as necessidade presentes sem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades”, tem sido o principal pilar para definição de ações mais concretas dentro do próprio Planejamento Estratégico de Comunicação na tentativa de trazer equilíbrio entre resultados financeiros e impactos social e ambiental.

Passou a ser indispensável , dentro deste mesmo planejamento, conciliar os interesses dos stakeholders. Primeiramente identificando quem são os stakeholders da empresa, quais são suas demandas e desejos e o impacto gerado pelas ações da empresa em cada grupo.

Depois deste mapeamento é possível iniciar um eficiente Planejamento Estratégico de Comunicação que além de conciliar os interesses das partes, deve agregar valor aos negócios da empresa. As principais ferramentas para isso consistem em envolvimento, participação e interferência, além da formação de crédito social através de apoio aos fornecedores, atração de mão de obra, incentivos às ações da comunidade, etc. No entanto, deve-se pensar em atitudes não vulneráveis, pois o que se espera é a continuidade dos projetos e não apenas a promoção “relâmpago” da empresa.

Ao comunicador, cabe também, a definição da missão e das diretrizes do departamento, que devem inclusive, sofrer avaliação constante. A partir daí será determinada a política de comunicação que manterá a reputação da empresa e principalmente construirá, manterá e alavancará os relacionamentos com bases na confiança, comprometimento e negociação.

Alessandra Fraga atua como Assessora de Comunicação, é Jornalista pela Universidade Metodista e (em vias de) Especialista em Comunicação com o Mercado pela ESAMC