quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Em busca de nossas redes [@jonildab}


Uma grande riqueza que carregamos são as lições que recebemos de nossos relacionamentos pessoais. Testemunhei vários modismos.  Modificaram-se as etiquetas sociais. De muitas, tornei-me adepta, outras critiquei e uma dezena de recomendações procuro colocar em prática no dia a dia, com certo esforço. Formar relacionamentos, sem dúvida, é um desafio constante ao longo da carreira.
Creio que grande parte dos profissionais, liberais ou não, empregados ou empresários, já se defrontou com o desafio de formar e manter amizades nas várias áreas de sua vida. No início da vida profissional, quase sempre esses elementos comportamentais se agregam espontaneamente, muitas vezes, contudo, vão se negligenciando pessoas de seu círculo, seja por arrogância, timidez, preconceitos ou simplesmente por estarem desligados da importância do outro.
Com o passar do tempo, as negligências com os relacionamentos podem se acentuar devido a mudanças de área, emprego, escritório, cidade, doença ou outras circunstâncias. Às vezes, programas de aperfeiçoamento como quando cursei especialização e mestrado, nos inserem em novos ambientes e incentivam a promover relacionamentos com pessoas que possuem interesses em comum. Interagir é fundamental para quem é da área de Comunicação, mas isso pode não ser tão fácil como parece.
Mas é quando a pessoa se sente só, ou pela exigência na carreira ou devido às cobranças sociais, que, muitas vezes, há uma corrida para o aconchego dos outros, mesmo que artificial. Tenho observado um frenesi na busca dos seus pares. Parece condição singular, embora seja coletiva, que as pessoas se façam presentes, participantes, antenadas, cortejadas, citadas... Enfim, alguém que se aponte na vitrine.
É “nesse louco mundo de informação”, relembrando o lema de meu blog, que se inicia a busca pelo protagonismo nas redes sociais. Parece ser a hora do retorno aos antigos círculos: dos colegas de escola, dos empregos passados, de cursos, da academia, enfim. É com esse objetivo que estrategistas lançam suas expertises para que as pessoas reaprendam ou se acostumem com as manhas da sociabilidade.
Nesse mundo de etiquetas, vale a busca de guias e orientações. O ideário atual é romper com a linha de conforto dos hábitos solitários ou restritos e sair em busca da ampliação das redes. Mas o que todo mundo deseja, na verdade, é migrar e ser incluído na esperança do grande encontro, que é a felicidade.

Jonilda Bonfim, jornalista
http://fatosenotas.tumblr.com/

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